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sábado, abril 16, 2011

Um som tão pequeno chega a ser o som mais aconchegante. Fecho os olhos e imagino um campo verde, um sol laranja, o cheiro a frescura e o piar suave dos pássaros por entre os ramos das árvores. Sob a protecção da sombra, abro os olhos e sei que alguém lê os meus pensamentos mas não quero pensar. Fecho-os novamente e toco a textura daquilo que me aquece, como se conhecesse todos os seus traços. Percorro o pescoço com o nariz e a sua fragrância embala-me, faz sentir que estou em casa. Oiço atentamente... é esse som, é essa vivacidade, é essa força tão grande mas tão pequena que me enche de paz, que me entorpece e faz sonhar entre uma doce neblina.