Normalmente os dias de chuva são monótonos e aborrecidos. Lá fui eu, mulher da guerra, desafiar a chuva. Fiz inveja à Lana com as bolachas gostosas do Paulo e a Lana fez olhinhos e disse assim: aof aof aof (Sara.. já basta o Paulo.. dá-me uma bolachinha.. vai lá...). Fomos ao baloiço onde sempre dizemos o que queremos ser ou fazer quando formos grandes. Ao contrário de rir e dizer que queria ir a África ou Dubai, eu senti o facto de estar a andar de baloiço, com o vento a chicotear o meu cabelo e a sentir as pequenas gotas de chuva na cara. Eu senti e pensei: mesmo que estivesse sozinha, mesmo com este tempo eu viria até aqui só para sentir isto... Soube verdadeiramente bem andar por caminhos desconhecidos e ver como um sonho pode ser contruído tão perto do mar e tão longe de tudo