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sábado, agosto 27, 2011

Ferraria, doce ferraria





Espero por ela aqui. Sei que vai surgir da água e brilhar com tal beleza que o meu olhar não enxergará as sombras. É díficil recordar a última vez que presenciei tal glória. A sua voz melodiosa seduz-me, está tão perto... tão perto de levar-me consigo, aonde? Ao paraíso, talvez. Ela emerge, posso imaginar cada curva, cada textura. As pestanas molhadas escondem os olhos, tal como o castanho esconde o verde. Eu quero, anseio este beijo de tal forma que não sei o mais mortal, o beijo ou a ânsia. Consome-me, desejo capturar o veludo dos teus lábios e guardá-los nos meus. Sereia minha, beija-me e leva-me contigo.