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domingo, janeiro 22, 2012

Algures em Aveiro, entre as delícias das pastelarias, o brilho do sol despedaçado no ondular da ria e a feira de antiguidades, cuja humanidade se reflectia nos livros com capas antigas, folhas já velhas e cansadas, entre todas as sombras e todas as folhas estava o sonho mais intrínseco de qualquer pessoa: uma família, a família que todos queremos ter. Senti-me pequena, senti que o meu ser estava ali, a correr atrás da bola, com a mãe e o pai a contra-atacar os filhotes. A concretização e satisfação da inocência, quanta vida num gesto tão comum. Os risos provocadores e os miúdos aos pulos do colo do pai despertaram-me um sorriso cúmplice, um objectivo na vida a concretizar.