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domingo, fevereiro 27, 2011

 
Acordamos, espreguiçamos e vivemos o dia, não só porque temos responsabilidades e deveres a cumprir, mas também porque, algures nesse dia, encontramos algo que nos compensa da rotina que compõe a vida. Os dias longos não são mais que dias em que nos limitamos a viver, como se a vida fosse apenas uma constante procura de conhecimento. Com efeito, há momentos em que procuramos uma sabedoria afastada da inconsciência a que as emoções nos submetem, tentando racionalizar, ponderar e agir com alguma sensatez.
No entanto, esses momentos são simplesmente isso, momentos. A vida só é vivida quando for composta por dias curtos, sentidos com uma devoção e intensidade avassaladoras. São esses dias que nos acendem uma chama de paixão, que nos satisfazem com o som da chuva, o chicotear do cabelo, a carícia da lã e o cheiro do café. Esses dias curtos são os instantes em que nos entregamos às nossas próprias vivências e delas tiramos algum proveito. Seja afeição, seja raiva, seja inveja, seja desprezo, os sentimentos são responsáveis pela ligação que temos com as outras pessoas. É através deles que assumimos uma forte personalidade, quer pela aptidão de escolhermos as emoções que queremos transparecer, quer pela incapacidade de contê-las. 
Ao fim do dia, quando nos deitamos e ouvimos o nosso batimento cardíaco ou a nossa respiração, damos por nós a reflectir sobre as nossas acções. Concluímos que houveram instantes que nos marcaram, repletos de uma elevada carga emocional que, por vezes, nos fazem adormecer com a exaustão das lágrimas, ou nos embalam com um sorriso. E amanhã de manhã, viveremos tudo de novo. 

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Por favor?

Black Swan




"Há na loucura um prazer que só os loucos conhecem" 

Black Swan é um filme autêntico, replecto de valores abstractos que nos faz sair da sala de cinema cheios de vida. É de um drama tocante e sem ele não seria capaz de transmitir os ideais que pretendia. É impossivel não sentir aquilo que a protagonista sentiu. Natalie Portman conseguiu interiorizar e transmitir aquilo que ela própria representava, revelando algo que está no profundo dos nossos desejos, muitas vezes reprimidos. A vontade de exprimir, de seduzir e de alcançar é tanta que nos leva a mergulhar na escuridão de que é feita a loucura, por sua vez tão bem explorada que não permite distinguir o real do irreal... deveras impressionante. 

E há...


... aqueles dias em que nada nos tira o sorriso tótó da cara

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Adeus adeus bolachinha


... eu nunca te vou esquecer. Adeus adeus bolachinha, está na hora de eu te comeeeeeeeer

Melro, melrinho


Saltemos do ninho e forcemos o nosso primeiro voo, abre as minhas asas com as tuas e adejemos conforme o vento. Alcancemos o impossível, sem saber que o é, e voemos mais que o próprio infinito, porque quando cairmos, caímos juntos.

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Eu tenho um melro


Eu tenho um melro lá no meu quarto. Não anda à solta, porque se ele voa, cai sobre os gatos. Cortei-lhe as asas para não voar. E ele faz das penas lindos poemas para me embalar. Eu tenho um melro que é um prodígio. Não faz a barba, não faz a cama, descuida o ninho. Melro, melrinho, e se por acaso alguém te agarrar, diz que não andas sozinho, que és esperado no teu lar. Melro, melrinho, e se por acaso alguém te prender, não cantes mais o fadinho, não me queiras ver sofrer. E não voltes mais, que estas janelas não as abro nunca mais. 

Falando em Pandoras...




Escusado dizer que é recíproco: as Pandoras adoram-me. Quem é a Pandora mais fofinha, quem é?

domingo, fevereiro 13, 2011

Que tentação


O que pede um sol quentinho num inverno frio? Isso mesmo: uma cama de rede, um bom livro e a Kika ao colo... Nada mau. Entretanto, tenho que me contentar com um cobertor na relva e com os livros que matemática.

Kiiika


Se há amor à primeira vista, o que de facto duvido, é quando se vê um bébé desses. Estou apaixonada pela minha gata, não me podem culpar.

Solta o cabelo

"You go ahead, let your hair down. You're gonna find yourself somewhere, somehow..."